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Puno: como chegamos na cidade e o roteiro para 2 dias

  • Juliana Hansen
  • 27 de mar. de 2018
  • 4 min de leitura

Logo que fechamos nossa viagem para o Peru em 2016, eu (Ju) e a Bruna decidimos colocar Puno em nosso roteiro, e isso porque a ideia de ir até o país e não conhecer o famoso Lago Titicaca era quase uma afronta. Então depois de passar por Lima e Cusco, iriamos até a fronteira com a Bolívia e enfrentaríamos nossa maior altitude: 3860 metros, enquanto Cusco fica à 3300 metros acima do mar.


Depois de muita pesquisa, descobrimos que a melhor forma de ir até Puno era de ônibus ou avião, mas como queríamos otimizar o tempo para conhecer ainda mais lugares, ir por terra pareceu mais interessante. Foi então que ficamos sabendo sobre um ônibus turístico que fazia a "Rota do Sol", que liga as duas cidades. Nesse passeio a viagem era mais longa - cerca de dez horas - e durante o dia, mas com quatro paradas no caminho e almoço incluído.

Cusco - Puno: nosso roteiro de paradas pela Rota do Sol

No 8º dia de viagem pelas terras Peruanas embarcamos no ônibus da Turismo Mer com destino à Puno, que saiu do local combinado às 7 da manhã em Cusco.


Depois de passar por uma igrejinha que não pode ser fotografada à cerca de 40 minutos de Cusco, o ônibus seguiu para nosso destino favorito da viagem: O Complexo Arqueológico de Raqchi. Por lá você caminha entre as ruínas do antigo templo do Deus Wiracocha, e pode apreciar um visual incrível, cheio de montanhas, e sentir a energia única desse lugar

Saindo de lá, seguimos por mais algumas horas até o restaurante onde almoçaríamos. A comida, como a gente esperava, era tipicamente peruana, bem temperada e saborosa. O local escolhido era bem turístico e localizado na beira da estrada, mas os músicos tocando música local e a paisagem bonita deixaram tudo mais legal.

Depois do almoço a viagem continuou por mais algum tempo até a fronteira entre Cusco e Puno, localizada à 4.335 metros acima do mar, e com uma paisagem de tirar o fôlego. Essa parada foi bem rapidinha, cerca de 15 minutos para todo o mundo tirar fotos e admirar as montanhas, da onde podíamos ver neve.

Antes de chegar à Puno também conhecemos o Museu Lítico de Pucará, onde descobrimos mais sobre a produção de cerâmicas e esculturas regionais e sua ligação com a cultura do local, além de comprar vários Toritos de Pucará, um simbolo tradicional do país.


Finalmente desembarcamos em Puno pouco depois das cinco da tarde, e chegamos na cidade com uma chuva forte. Por sorte, o local onde o ônibus nos deixou era bem movimentado e tinha muitos táxis, então encontramos um taxista simpático para nos levar até nosso hostel e, como no Peru as coisas costumam acontecer sempre assim, fechamos com ele mesmo os dois passeios do dia seguinte para o Lago Titicaca e as Ruínas de Sillustani.

Lago Titicaca: conhecemos as ilhas flutuantes e seus moradores


O Pedro, taxista que acabou virando nosso guia, combinou de encontrar a gente no Iguana Hostel - onde ficamos hospedadas - às 8 da manhã para o primeiro passeio do dia: Lago Titicaca e as ilhas flutuantes. Às 8:30 ficamos no porto para pegar o barquinho que leva até as ilhas e, no caminho, um outro guia foi explicando sobre o lugar e suas particularidades.


Todo o caminho é deslumbrante e de tirar o fôlego, além disso a história do lugar também faz você entrar em outra realidade. O Lago Titicaca é o lago navegável mais alto do mundo, e em seu coração moram os Unos, povo do Peru que descobriu como criar ilhas a partir de uma planta que cresce no local, e é com esse material que eles também constroem suas casas.



Quando desembarcamos, são os próprios Unos que nos recebem e apresentam a pequena ilha onde moram. Além disso, também cantam músicas tradicionais e contam sobre como sobrevivem vivendo no meio do lago. Depois, pegamos uma canoa até a próxima ilha onde podemos comprar produtos locais e apreciar a paisagem (que é linda demais!)

As Ruínas de Sillustani: nosso ultimo passeio em terras peruanas

Depois de voltar das Ilhas Flutuantes fomos até o centro de Puno para almoçar e conhecer. A cidade é pequena e vive, principalmente, em função do turismo e do Lago Titicaca, mesmo assim é bem legal conhecer uma parte mais tradicional do Peru. Perto das duas horas encontramos o Pedro novamente para nosso último passeio: as Ruínas de Sillustani.


Quando planejamos nossa viagem esse passeio não estava incluído, mas nosso novo amigo garantiu que valia a pena e seria inesquecível, então acreditamos. As Ruínas ficam à cerca de 30 minutos do centro da cidade, e fizemos todo esse trajeto em um ônibus turístico com mais algumas pessoas. Chegando lá já apaixonadas pela paisagem, descobrimos se tratar das ruínas de um antigo cemitério onde as pessoas mais importantes daquela civilização eram enterradas. Para isso, foram construídas piramides esféricas com até 12 metros de altura, que mantinham não só os corpos mas também alguns pertences valiosos.



A experiência é incrível e, ainda mais legal que as pirâmides é a vista para o Lago Titicaca que encontramos lá em cima. A paisagem é de deixar qualquer um com a boca aberta, e além disso o local conta com uma energia que só pode ter a ver com toda a sua história.


Esse foi um dia que entrou para nossas memórias e fechou com chave de ouro essa experiência incrível que tivemos conhecendo o Peru em 2016. Para ver mais posts sobre o país você pode acessar aqui.

Gastos totais:

  • Ônibus Cusco - Puno com almoço incluído: 148,00 soles

  • Hospedagem 2 noites em Puno: 147, 00 soles (agendamos no Booking)

  • Passeio Lago Titicaca e Ruínas de Sillustani: +/- 80,00 soles por pessoa

  • Gastos extras: alimentação - 30,00 soles

Até a próxima! Nos vemos na estrada :)


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Somos três melhores amigas que decidiram deixar os trabalhos e país natal para embarcar em uma viagem que começa no Peru e segue para a Europa. Nessa aventura buscamos formas mais baratas de hospedagem enquanto descobrimos novas culturas e as diferentes experiencias de mulheres viajando sozinhas. 

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