Hospedagem em Amsterdam: nossa experiência em um houseboat super fofo
- Gabi Hasselmann
- 11 de jul. de 2018
- 4 min de leitura
Quando a gente pensa em Amsterdam uma das primeiras coisas que vem à mente são aqueles canais lindos que cortam a cidade, e servem de endereço para os sortudos que moram nos muitos houseboats espalhados por lá, né? Quando incluímos a capital holandesa no nosso roteiro, não tínhamos ideia que íamos acabar hospedadas em uma dessas casa-barco super fofas por dois dias. Tudo foi por acaso, mas não é assim que as melhores coisas acontecem? Com certeza nossa experiência em Ams foi ainda mais especial graças a essa hospedagem.
Aqui contamos melhor sobre como conseguimos ficar nesse houseaboat e como ele é por dentro!
Como ficamos hospedadas em um houseboat em Amsterdam?
Sabe essas coisas doidas da vida que só provam que tudo tem sua hora e lugar certos pra acontecer? Então! Em um dos passeios que fiz enquanto morei no Peru, eu conheci uma menina chamada Hella, que holandesa e estava viajando pela América Latina. Nos esbarramos na entrada do parque arqueológico de Pisac, fizemos o passeio todo juntas (eu, ela e mais uma amiga minha), e depois fomos tomar uma cerveja, conversando sobre tudo e contando experiências de viagens.
Um tempo depois disso, quando eu e as meninas fechamos nosso roteiro e definimos as datas que estaríamos em Amsterdam, eu publiquei no facebook se alguém tinha algum amigo pela cidade que fizesse couchsurfing e pudesse receber nós três. A Hella então me enviou uma mensagem dizendo que a mãe dela poderia nos receber nos dois primeiros dias! Ficamos super felizes, agradecemos e depois então ela enviou o endereço e disse que era um houseboat (!!!!!). Acho que fiquei sem reação por alguns segundos e, quando compartilhei isso com as meninas, a ansiedade já cresceu dentro da gente pra chegar o dia de conhecer o cantinho da mãe da Hella (chamada Maud), e ter essa experiência única em Amsterdam :)
Muito bem recebidas!
Assim que chegamos na rodoviária de Amsterdam chamamos um uber (a gente tenta evitar esse tipo de gasto extra, mas com 3 mochilões e 3 malas de mão ia ser um pouco complicado pegar trem) e seguimos rumo à casa, onde a Hella já esperava a gente. Chegamos em um tipico cenário dos filmes passados na cidade: uma fila de houseboats, um do lado do outro, completando a paisagem linda do canal. A vizinhança, composta principalmente por essas casa não convencionais, é tranquila e fica a cerca de 30 minutos do centro se você for andando.
Nosso primeiro pensamento ao ver a casa foi "como vamos fazer essas malas passarem por uma porta tão pequena?", mas logo descobrimos que o houseboat era cheio de truques e super preparado para receber visitas. Fomos logo conhecer nosso quarto, um espaço fofo no final do barco onde tinha uma cama de casal e uma de solteiro. E depois do tour completo pela casa, e de estarmos apaixonados por cada cantinho, a Hella fez um chá e contou um pouco sobre como foi passar a infância vivendo em uma casa barco, e sobre a sua mãe, Maud, que iria nos receber.
Os pais da Hella compraram a casa-barco há mais de 20 anos, então tanto ela quanto a irmã mais velha tinham vivido praticamente toda a vida ali e eram apaixonadas pelo lugar. Além disso, nossa amiga holandesa contou que nem sempre é fácil viver em um houseboat, e que essa casa diferente exige uma manutenção geral por ano, o que demanda dinheiro e tempo. Agora que voltou da America Latina, a Hella quer ajudar a mãe a cuidar do espaço. Acabamos não conhecendo a Maud nesse dia, e na manhã seguinte acordamos com um bilhetinho fofo da nossa anfitriã, dizendo para ficarmos a vontade e aproveitar o chá que ela tinha deixado, e que iria nos conhecer naquela noite.
Quando chegamos em casa no final do primeiro dia andando por Amsterdam, a Maud estava lá e pudemos agradecer pessoalmente pela nossa estadia. Passamos algumas horas na cozinha da casa barco contando experiências e conhecendo mais sobre ela, que agora é uma aposentada que agora trabalha como professora de música por prazer. Uma coisa legal é que a Maud (essa fofa aqui da foto) chegou a citar que costuma alugar a casa pelo Airbnb; então se você tá indo pra Amsterdam e tem vontade de ter essa experiência, manda mensagem pra gente que a gente coloca vocês em contato!
Como um houseboat é por dentro?
Como eu contei, por fora a casa parecia bem menor do realmente é, e quando entramos tivemos uma ótima surpresa. Para começar, além da sala principal, havia uma outra salinha, que parecia ser usada como escritório e sala de música. A cozinha era toda fofa, integrada com a sala e cheia de armários vermelhos, sem falar na mesinha de 4 lugares, onde sentamos e conversamos por um tempo com a Hella e depois com a Maud. Além dessas áreas em comum e um banheiro bem bom, a casa também tem três quartos. Arrasta pro lado pra ver as fotos:
Hoje em dia só a Maud vive na casa, então um quarto é para ela (que tem uma varandinha de vidro pra observar o canal de dentro da casa - AMAMOS!), o outro é o antigo quarto da Hella (onde dormimos), e o terceiro quarto é aquele típico da "bagunça", onde você encontra de tudo um pouco, inclusive alguns equipamentos musicais da Hella que ela adora tocar! Nesse vídeo você consegue ver melhor:
Além de ter sido uma experiência perfeita para a nossa primeira vez em Amsterdam, ficar nesse houseboat também nos marcou pela oportunidade de conhecer melhor a Hella e a sua mãe, duas pessoas maravilhosas que aceitaram receber três estranhas. Elas nos fizeram sentir em casa desde os primeiros minutos lá, e ainda nos ajudaram a definir nosso roteiro pela cidade e nos contaram histórias maravilhosas que nunca vamos esquecer. Mais uma vez isso prova como viajar é melhor forma de criar empatia, conexão e trocar com outras pessoas :))
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