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8 curiosidades sobre Cusco que vão te surpreender

  • Gabi Hasselmann
  • 4 de jun. de 2018
  • 4 min de leitura

Eu cheguei em Cusco no dia 31 de dezembro de 2017 e admito que, antes disso, sabia muito pouco sobre a cidade (uma das poucas coisas, por exemplo, era a altitude de lá: 3.399 metros acima do nível do mar, então já saí do Brasil com bombinha de oxigênio just in case, hahaha). No meu tempo lá, a cidade foi me surpreendendo a cada dia, e conforme eu conhecia um novo lugar, uma novidade sobre sua cultura, ou mais um pouco da história dos incas, ia me apaixonando ainda mais. Aqui eu vou compartilhar com você 8 curiosidades que me surpreenderam e podem te fazer querer ainda mais viajar para lá:

1) A bandeira de Cusco

Quando cheguei na cidade e vi essa bandeira por todos os lados, pensei "que foda Cusco ser tão gay friendly, não sabia disso" e fui pesquisar sobre. Descobri então, que na verdade aquela é a bandeira do lugar e, apesar de parecerem idênticas, elas são diferentes: enquanto a de Cusco possui sete cores, a LGBT possui seis - sendo as mesmas cores na mesma ordem uma mera coincidência; porém, nas duas, cada cor tem o seu significado (passa a foto pro lado pra comparar as duas versões).

2) Touros: um símbolo da cultura andina

Caminhando pela cidade é possível reparar que (quase) todas as casas possuem uma estátua de um par de tourinhos no telhado. Mas o que isso significa? Os touros foram levados ao Peru pelos espanhóis, e são muitas as histórias de como esse animal se tornou um símbolo tão forte da cultura andina. Em uma delas, conta-se que, certa vez em Pucara (uma cidade que fica na região de Puno) houve uma seca prolongada muito forte e, por isso, um campesino indígena decidiu fazer uma oferenda ao Dios Pachakamaq: subindo em um penhasco da cidade e levando consigo um touro para então fazer seu pedido de chuva. O touro ficou um pouco resistente no início e, já lá em cima, dando sinais de que estava irritado, começou a ficar inquieto e, logo em seguida, veio a chuva. Depois disso, os touros passaram a ter mais respeito da população e se tornaram uma marca da história e do poder da cultura inca, sendo chamados de toritos de pucara. Assim, ter um par de tourinhos em casa significa felicidade e proteção à todos que a habitam.

Toritos de Pucara

3) O mês israelita em Cusco

A história é a seguinte: depois que terminam a escola, os jovens israelenses tem que cumprir um tempo de serviço militar (sendo 2 anos para mulheres e 3 anos para os homens) e, após esse tempo obrigatório, eles podem decidir se vão seguir carreira militar ou não. Ao final desse tempo lá, eles recebem o pagamento de uma só vez (no valor de alguns milhares de dólares). Os que optam por não seguir carreira nisso, geralmente pegam esse dinheiro e embarcam em uma grande viagem, à qual eles chamam de tiyul hagadol. Dos 40.000 israelenses que se jogam nessa aventura todos os anos, 30% deles se dirigem à América do Sul, tendo Cusco como um de seus principais destinos - por ser o ponto de partida para chegar a Machu Picchu e ter muitos outros passeios, trilhas e aventuras pela região. Por isso, além deles estarem presentes em massa na cidade em fevereiro e março, também existem alguns restaurantes israelitas por lá e um dos mais conhecidos fica na "calle Procuradores", uma das ruas estreitas no final da Plaza de Armas e conhecida por abrigar o comércio de alguns israelitas.

4) Cusco ou Cuzco?

A forma correta é Cusco, que vem da palavra Qosqo em quechua (língua falada pelos incas e também pelos indígenas andinos) e significa "umbigo". Ela foi nomeada assim pois os incas acreditavam que aquela região era o umbigo do mundo!

5) Uma forma diferente de saludar

No free tour que fiz pela cidade (tem mais opções de passeios free aqui), o guia contou que "casera(o)" é uma forma respeitosa para se referir às pessoas mais velhas quando você chega na tenda/loja/restaurante delas; e que elas provavelmente vão ser mais gentis e simpáticos com você se chamá-las dessa forma.

6) As quatro ruínas na cidade

Muitas pessoas vão e voltam de Cusco sem saber da existência dessas ruínas. Elas ficam atrás do Cristo Blanco e, a partir dele, é possível chegar às duas primeiras ruínas (Sacsayhuaman e Q'enqo) caminhando. Para as outras duas (Puka Pukara e Tambomachay) é necessário pegar um ônibus que passa próximo à saída de Q'enco com destino a Huertos - é só esperar um pouquinho no ponto porque ele passa toda hora, custa 1 sol (moeda peruana) e é só pedir para o motorista avisar quando chegar em Puka Pakara para você descer. Quer saber como comprar a entrada pra esses lugares incríveis? Nesse post eu contei tudo sobre o boleto turístico, clica aqui!

7) "Propina por favor señora"

Isso é o que você vai ouvir depois de tirar aquela foto típica com as cholas e as lhamas pelas ruas da cidade; pois propina é gorjeta em espanhol, e as cholas com certeza vão te pedir, esteja preparada! haha. As cholas usam saias rodadas e xales nos ombros pois até hoje mantém o uso dos trajes típicos da época da colonização espanhola.

Cholas Cusco

8) O carimbo que todo mochileiro quer no passaporte

Essa agora é uma curiosidade mais específica de Machu Picchu. Logo na saída do parque há uma mesa onde fica um carimbo, que o próprio turista pode pegar e carimbar no passaporte pra deixar essa experiência registrada de todas as formas possíveis. Eu fui fazer no meu porém a tinta saiu fraca, por isso carimbei de novo! hahaha :))

Carimbo Machu Picchu

Com certeza um dos pontos mais positivos de viajar é isso: descobrir coisas que você nunca imaginou antes. Me encanta chegar em um lugar e, pouco a pouco, ir descobrindo a cidade e suas tradições e cultura. O segredo é aquilo que eu sempre falo: ser curiosa para descobrir e aberta para ouvir e entender cada história, experiência, explicação. Compartilhar é algo incrível que sempre acrescenta! Conta pra gente aqui embaixo alguma curiosidade que você saiba sobre a cidade que não entrou na lista! :)

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